PTB retira apoio à pré-candidatura de Nilvan Ferreira ao governo da Paraíba

O PTB retirou o apoio à pré-candidatura do comunicador Nilvan Ferreira (PL) ao governo. O presidente do diretório estadual do partido, Dedé Salles (PTB), explicou ao Conversa Política que decisão foi tomada por orientação da Executiva Nacional do PTB, conduzida atualmente por Ana Jefferson, mulher de Roberto Jefferson.

O PTB tem problemas com o atual presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Numa carta enviada por Ana Jefferson aos dirigentes e pré-candidatos do partido, inclusive, ela o trata como “Centrão mensaleiro”.

"O PTB é um partido de direita, um partido conservador. Não admitimos que alguns candidatos do PL apoiem candidaturas do PT em alguns estados do nosso país. Com isso, confirmo que aqui na Paraíba que estamos fora da candidatura de Nilvan a governo do estado", explicou Dedé Salles.

Apesar do desembarque da pré-candidatura do PL na Paraíba, Dedé Salles disse que o partido continuará apoiando o projeto político do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, mas sem citar que ele pertence ao PL. A legenda ainda não sabe quem apoiará no estado para o governo.

Na Paraíba, Nilvan Ferreira tem se apresentado como pré-candidato da direita, apoiado por Bolsonaro e por bolsonaristas, e não tem petistas em seu agrupamento político.

Sobre a 'punição', devido a situações pontuais em outros estados, Nilvan Ferreira disse ao Conversa Política que foi por isso que trocou o PTB, partido que atuava como presidente estadual, e se filiou ao PL do presidente Bolsonaro. "Insegurança nesses pontos", afirmou.

Desembarque

Na semana passada, o PTB da Paraíba já havia tornado público que não tinha pretensões de apoiar a pré-candidatura do PL ao Senado, na figura de Bruno Roberto. O partido decidiu apoiar o deputado federal Efraim Filho, do União Brasil.

À princípio, a troca do comando do PTB parecia pacífica. Dedé Salles esteve numa coletiva à imprensa promovida por Nilvan para formalizar a sua filiação ao PL e assegurou apoio do partido aos planos políticos de Nilvan. Mas, já sinalizava para a possibilidade de ‘pular o barco’.