CONVERSA POLÍTICA
Reforma do Palácio da Justiça da Paraíba deve ser entregue em novembro
Obras foi iniciada há três anos, mas passou por uma série de atrasados devido a pandemia da Covid-19 e ao tamanho das intervenções necessárias.
Publicado em 29/07/2022 às 11:29
Iniciados em 2019, mas com vários atrasados devido a pandemia da Covid-19, as obras de restauração do Palácio da Tribunal de Justiça da Paraíba receberam nova data para a conclusão: novembro deste ano. O presidente presidente do TJ, desembargador Saulo Benevides, disse que a restauração está em pleno andamento e a obra deve ser entregue em novembro.
A atual fase das obras passa pelo restauro das esquadrias, pisos em madeira, fachada, além da retirada das pinturas anteriores, para viabilizar a correção de imperfeições. A parte hidráulica da edificação será o próximo passo dos trabalhos.
De acordo com a gerente de Engenharia e Arquitetura do TJ, Marieta Tavares de Melo, o Palácio da Justiça é composto por quatro blocos e, por ser um imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), os trabalhos exigem a dedicação e empenho de vários profissionais ao mesmo tempo. “Tudo tem sido feito com zelo ao patrimônio histórico e a um prédio que faz parte da memória afetiva de todos os paraibanos”, comentou.
A elaboração do projeto e, agora, a fiscalização da obra vem sendo acompanhada pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan). A diretora do órgão, Simone Guimarães, destacou que já foram investidos mais de R$ 10 milhões no local.
O prédio
Os trabalhos de restauração do prédio foram iniciados em agosto de 2019. Havia expectativa de que os trabalhos fossem terminados no final de 2020 a início de 2021, mas a pandemia da Covid-19 acabou atrasando o andamento das obras.
O prédio do TJPB está interditado desde abril de 2018, após uma inspeção realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em conjunto com o Ministério do Trabalho (MTb) identificar uma série de problemas estruturais no local. À época, o então presidente do Tribunal, desembargador Joás de Brito Pereira, disse que o Poder Judiciário não tinha dinheiro para realizar as melhorias necessárias.
A sede do TJPB é antiga e tombada pelo IPHAEP e IPHAN. O Palácio da Justiça funciona nessa edificação desde julho de 1939, conforme informações contidas no relatório entregue ao MPT. O relatório – que contém 31 páginas – aponta uma série de “pontos críticos” na estrutura, com risco de acidentes e desabamento de parte do teto.
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