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CONVERSA POLÍTICA

Secretário de Segurança diz que está revisando "Lei do Déficit" dos Policiais da Paraíba

Imbróglio com o estado teve início após ação do MP cobrando convocação de concursados da Civil.

Publicado em 14/02/2025 às 9:52 | Atualizado em 14/02/2025 às 15:34


				
					Secretário de Segurança diz que está revisando "Lei do Déficit" dos Policiais da Paraíba
Secretário de Segurança da PB, Jean Nunes, assinou carta enviada ao ministro da Saúde. Foto: André Resende/G1.

O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, informou ao Conversa Política que sua equipe está finalizando a criação e revisão das Leis de Organização Básica das forças de Segurança, que inclui as Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil da Paraíba.

Segundo o gestor, essa nova legislação deve "estabelecer critérios e metodologia para se chegar aos efetivos reais e necessários a cada força, como fizemos com o estudo para o Concurso da Polícia Civil que está em andamento".

Ainda segundo o secretário, essa ausência de critérios para previsão de efetivos e cargos nas instituições policiais é uma realidade em todo o país, recentemente analisada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A decisão do estado ocorre em meio a uma polêmica criada com uma ação movida pelo Ministério Público da Paraíba cobrando a convocação de aprovados no concurso público da Polícia Civil para suprir um déficit de 5,6 mil agentes.

Déficit de policiais civis compromete investigações

Levantamento feito pelo Conversa Política aponta a lei estadual citada pelo MP, que estabelece o efetivo da PC, prevê 8.530, entre delegados, agentes, escrivães e outras funções. Já o efetivo declarado pelo Estado ao Tribunal de Contas é de 2.822, sendo 2075 efetivos e 747 efetivos e comissionados.

Os números são aproximados dos elencados pelo MP na ação. Conforme os promotores, a Lei Estadual 8.672/2008 prevê um contingente de 7.925 profissionais e haveria 2.289 policiais civis em atividade na Paraíba.

Considerando esses números, a Paraíba tem a proporção de um policial por 1.736,35. Proporção bem próxima do Rio Grande do Norte, que é de 1.765 habitantes, mas bem distante de Alagoas, em que a proporção é de um policial para cada 1.497 habitantes.

Confira os dados completos:

  • Bahia (BA): 1 policial para cada 2.444 habitantes (0,04%)
  • Rio Grande do Norte (RN): 1 policial para cada 1.765 habitantes (0,056%)
  • Paraíba (PB): 1 policial para cada 1.736 habitantes (0,057%)
  • Sergipe (SE): 1 policial para cada 1.532 habitantes (0,065%)
  • Alagoas (AL): 1 policial para cada 1.497 habitantes (0,066%)

Segundo o MP, a escassez de profissionais compromete diretamente as investigações criminais. Hoje, apenas 42% dos homicídios são solucionados na Paraíba, um índice que evidencia a impunidade e a ineficiência do sistema.

Polícia Militar e Bombeiros também enfrentam carência de efetivo

Já o quadro da PM da Paraíba está previsto na Lei Complementar 87/2008, que fixa o efetivo da corporação em 17.933 integrantes, sendo 1.362 oficiais e 16.571 praças.

Quando ela entrou em vigor, o objetivo era que esse efetivo fosse alcançado até o final de 2010. Atualmente, segundo o Sagres do TCE-PB, constam 8.990 policiais militares, sendo 8.836 efetivos e 154 efetivos com funções comissionadas.

Já o efetivo do CBMPB é fixado em 4.064 bombeiros militares de carreira, distribuídos da seguinte forma:

  • 507 oficiais do Quadro de Oficiais do Estado-Maior (QOEM);
  • 229 oficiais do Quadro de Oficiais Especialistas (QOE);
  • 3.328 praças do Quadro de Praças Combatentes (QPC);
  • 150 praças do Quadro de Praças Especialistas Músicos (QPCM).

Conforme o Sagres, atualmente são 1372 efetivos e 42 efetivos e comissionados.

Leia também:

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Governador da Paraíba anuncia convocação para formação da 2º turma do concurso da PC, após muita pressão dos aprovados

Secretário de Segurança da PB, Jean Nunes, assinou carta enviada ao ministro da Saúde. Foto: André Resende/G1

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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