O prefeito da cidade de São Sebastião de Umbuzeiro, Adriano Jerônimo Wolff, virou réu de uma ação penal junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). A denúncia apresentada pelo Ministério Público chega a ser curiosa. O relato é de que o gestor teria usado um imóvel público do município como residência para a família e investido dinheiro da prefeitura numa reforma.
E não somente isso.
O MP afirma que o prefeito colocou internet e que a “prova testemunhal” indica que “o pagamento dos serviços de distribuição de água e de eletricidade, durante a estadia do Prefeito e de sua família, também foi feito pelo erário municipal”.
A decisão de receber a denúncia foi publicada no Diário da Justiça de hoje.
De acordo com o MP, ao assumir em 2017 o prefeito “passou a residir, acompanhado de esposa e filhos, em um imóvel público municipal conhecido com o nome de “Casa de Hóspedes ou de Apoio”, localizado na Rua José Lafaiette, 168, Centro, em São Sebastião de Umbuzeiro, a despeito de inexistir qualquer ato normativo afetando referido imóvel à condição de residência oficial do Prefeito”.
A denúncia relata ainda que Adriano Wolff promoveu uma reforma no imóvel de quase R$ 15 mil e “autorizou o pagamento de artigos de cama, mesa e banho (toalhas, mantas, travesseiros e cobertores) para serem usados no imóvel que passou a adotar como moradia, em conformidade com o que se verifica na nota de empenho 1795, de 23/08/2017, no valor de R$ 3.752,40”.
“Tamanha a confusão entre o “público” e o “privado”, que o denunciado, para fins de tornar o imóvel público mais conveniente a seu interesse pessoal, chegou a trocar o seu número – no 168 – para o número de seu partido político, qual seja, no 25, sendo tal situação constatada por meio de inspeção”, discorre o acórdão do TJ.
Ao ser questionado pelo MP, Adriano Wolff apresentou cópia da lei municipal 417/2018, que instituiu o imóvel localizado na Rua José Lafaiette, nº 168, como Residência Oficial do Município, “destinada ao Chefe do Executivo e a sua Família e a recepção de autoridades em geral”.
Mas para o Ministério Público a utilização do imóvel, bem como o custeio de bens e serviços, foram “anteriores à edição da mencionada lei municipal”.
Ao blog, Adriano Wolff explicou que o imóvel sempre foi utilizado por prefeitos em gestões anteriores.
“Os últimos quatro prefeitos moraram lá. Não foi uma inovação nossa. Fui morar lá porque não tinha residência. E como já era corriqueiro, não sabíamos que teria algum problema”, afirmou.
O gestor, que foi reeleito ano passado, disse que as contas de luz e de internet são pagas pelo município, já que o imóvel serve para receber e toda a comunidade. Segundo o prefeito, ele foi o único a regulamentar o que já era uma ‘tradição’ em gestões anteriores.
Uma ‘tradição’, aliás, nada econômica para os cofres públicos.
Os bens públicos, se misturam aos privados destes prefeitos projetos do aborto de Luiz XIV, sempre a expressar em seus atos uma falta de caráter, falta de ética e falta de vergonha digno de um mafioso dos anos 30 nos EUA.
Sendo assim, o Presidente da República não poderia morar no palácio do Planalto ou na granja do torto!
Sabidinho !!!