PLENO PODER
A dezesseis dias da eleição, 'guilhotina' de votos assusta partidos e aprofunda disputas internas
Depois do fim das coligações, partidos viraram 'ninho de cobras' nas disputas proporcionais
Publicado em 15/09/2022 às 11:02
Nos palanques, festa, elogios e discursos inflamados. Nos bastidores, disputa por espaços, invasões de território e muita cara feia. Desde que a legislação eleitoral aboliu as coligações partidárias, os partidos políticos têm se transformado em verdadeiros 'ninhos de cobra' nas disputas proporcionais.
Quando o cenário aperta e a perspectiva de votos é reduzida, vale quase sempre o 'salve-se quem puder', internamente.
Na Paraíba este ano não tem sido diferente.
Há 'brigas' internas em praticamente todos os partidos. Em alguns, é verdade, essas divergências se tornam públicas e ultrapassam os limites - como é o caso do PL, do deputado Wellington Roberto.
Em outros, vez por outra, é possível identificar a fumaça deixada pelas chamas. É o caso, por exemplo, das disputas entre alguns candidatos a deputado estadual do PSDB; no PSB para a Câmara Federal e por aí vai...
O mais recente ameaçado pela 'guilhotina' é o União Brasil. Com os indeferimentos dos registros de candidatura de Jacó Maciel e Douglas Lucena, no TRE, a luz de alerta foi ligada na legenda.
O partido tem hoje dois deputados federais candidatos à reeleição (Damião Feliciano e Julian Lemos). O receio é de que, com os indeferimentos dos ex-prefeitos, a calda não seja suficiente para assegurar a manutenção das duas cadeiras.
Um ponto fora da curva, pelo menos por enquanto, é o Republicanos. Embora reúna muitas 'estrelas' da política na disputa da Câmara Federal, a legenda não tem registrado maiores atritos. Pesa a favor do partido, certamente, o jogo de cintura e a experiência adquiridos pelos membros ao longo de outros processos eleitorais.
Talvez eles tenham aprendido a lição de que conflitos internos não ajudam na construção. Quando há brigas as chances de todos afundarem no mesmo navio são ampliadas... o 'salve-se quem puder' se torna ainda mais iminente.
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