PLENO PODER
Com Bruno em Portugal, vereadores de Campina Grande não votam LDO sem Emendas
Impasse entre Executivo e Legislativo já se estende desde 2023
Publicado em 27/06/2025 às 9:12

Os vereadores de Campina Grande iniciaram ontem o recesso do período junino. Só devem voltar às sessões no próximo dia 10 de julho. Um período, aliás, bem mais curto que os quase 50 dias de recesso da Câmara de Vereadores de João Pessoa e da Assembleia Legislativa.
Mas a última sessão do semestre terminou sem a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). E por dois motivos principais.
Os vereadores pedem uma suplementação no orçamento da 'Casa' para fechar as contas até o fim deste ano; e também a inclusão das Emendas Impositivas na LDO.
É que, mais uma vez, o projeto encaminhado pelo prefeito Bruno Cunha Lima (UB) não contempla as Emendas, conforme o líder da oposição, vereador Anderson Almeida (PSB). Elas foram incluídas na Lei Orgânica do Município desde 2023 e, na avaliação dos parlamentares, deveriam estar na LDO.
Sem a previsão na LDO, os recursos ficam de fora também da futura LOA.
As Emendas correspondem a 1.2% da Receita Corrente Líquida e desde que foram implementadas são motivo de um cabo de guerra com o Poder Executivo. A discussão e o impasse chegaram a deixar Campina Grande sem orçamento por alguns meses.
O curioso é que o impasse persiste, mesmo com o início da nova gestão Bruno; mesmo com mudanças na articulação política do prefeito; e mesmo com a modificação no cenário político da Câmara. Atualmente o presidente, Saulo Germano, é aliado do prefeito.
Isso explica, aliás, que a pauta não é da oposição. É do Legislativo campinense, com o apoio dos vereadores da base do gestor - que, nos bastidores, estão insatisfeitos com a não implantação das Emendas.
Enquanto a LDO não entra na pauta da Câmara, o prefeito Bruno Cunha Lima segue em Portugal. Ele cumpre uma agenda da Frente Nacional de Prefeitos, conhecendo iniciativas de mobilidade e inovação.
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