PLENO PODER
Jackson defende que PT vete apoio a pai de Hugo Motta, caso paraibano paute anistia
Tese pode dificultar projeto do pai de Hugo, Nabor Wanderley, para o Senado
Publicado em 05/09/2025 às 11:02

Assistindo aos movimentos recentes em Brasília, no Congresso Nacional, onde líderes de Direita pressionam o paraibano Hugo Motta (Rep) para pautar o projeto de anistia na Câmara Federal, o presidente do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, quer uma postura mais dura do partido.
Ele defende que a legenda vete qualquer apoio a projetos eleitorais de Hugo no Estado, caso ele decida pautar a proposta.
Isso incluiria as candidaturas do próprio Hugo à reeleição; da irmã Olívia, para a Assembleia; e do pai de Motta, Nabor Wanderley (Rep), para o Senado.
"Isso (a anistia) não tem apoio popular, pelo contrário. Segundo, do ponto de vista político, é um escárnio. E terceiro: do ponto de vista jurídico é inconstitucional. "A preocupação é que o presidente está cedendo à pressão da Direita e isso pode acontecer. Acho que o PT não pode ter qualquer tipo de compromisso com Hugo e com o Republicanos caso ele paute isso", afirmou Jackson na Rádio CBN, assinalando que a principal pauta do PT é a reeleição do presidente Lula.
A decisão, contudo, depende de deliberação do partido.
Análise
O apoio ou veto do PT estadual aos projetos de Hugo, na Paraíba, não deverá ter um impacto significativo nas eleições para Assembleia e Câmara Federal, onde a política municipalista e os arranjos baseados nos recursos das Emendas parlamentares falam mais alto.
Mas no arranjo para formação da chapa majoritária do Governo, com Nabor disputando o senado, sim. Um eventual veto tornaria ainda mais complicada a costura para um palanque de Lula na Paraíba.
O veto se somaria aos obstáculos em ter um palanque com Lula e um candidato a governador do PP (Lucas Ribeiro), partido que integra a Federação União Progressistas - alinhada com a Direita e que trabalha, também, pela anistia.
Pautar a anistia, para Hugo, pode ter reflexos diretos no projeto do pai em chegar ao Senado em 2026.
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