PLENO PODER
TSE aprova registros de mais duas federações partidárias. Veja impactos na política paraibana
União entre partidos, no plano nacional, tem feito surgir divergências locais
Publicado em 26/05/2022 às 17:43
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou hoje os registros de mais duas federações partidárias. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Cidadania passam a integrar a Federação PSDB Cidadania; e os partidos Socialismo e Liberdade (PSOL) e Rede Sustentabilidade (Rede) passam a compor a Federação PSOL Rede.
Na última terça-feira o TSE já havia aprovado a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), formada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Verde (PV).
Criadas para substituir as antigas 'coligações partidárias', as federações irão desafiar arranjos locais. É que a realidade dos Estados, às vezes, é marcada por interesses antagônicos entre os membros desses partidos.
Na Paraíba as federações já provocaram mudanças no xadrez político.
Uma delas foi a saída do Cidadania do governador João Azevêdo. Ele migrou para o PSB, após o anúncio de união de sua antiga legenda com o PSDB. Os tucanos têm candidato próprio ao Governo, o deputado Pedro Cunha Lima.
No caso da Federação entre PSOL e Rede, há divergências internas no Estado a serem resolvidas - semelhante ao que acontece na Federação entre PC do B, PT e PV.
O PSOL deve lançar a candidatura ao Governo de Adjany Simplício. Já o partido Rede sinaliza que deve apoiar a reeleição de João Azevêdo. O único deputado da legenda, Chió, faz parte da base governista.
Fechar essa equação interna não será uma tarefa fácil. A nova federação, agora, terá que optar por manter a candidatura de Adjany ou apoiar a reeleição de Azevêdo.
As regras do jogo
A possibilidade de os partidos se unirem em federações para lançar um único candidato é uma novidade para as Eleições 2022 e está prevista na Lei nº 14.208/21. A principal inovação é a exigência de uma atuação conjunta das legendas em torno de um programa comum, por quatro anos após a diplomação dos eleitos.
Portanto, com a aprovação dos estatutos, durante os quatro anos da próxima legislatura (2023-2026), as agremiações se comprometem a atuar em conjunto como um único ente partidário.
O prazo final para que os partidos obtenham o registro de federações partidárias termina na próxima terça-feira (31).
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