POLÍTICA
Quebra dos sigilos de envolvidos
Além de defender quebra de sigilo dos envolvidos com o empresário Carlinhos Cachoeira, Maia negou interferência nas investigações.
Publicado em 21/04/2012 às 6:30
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu ontem que a CPI do caso Cachoeira quebre os sigilos de todos os que tiveram contato com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"Eu começaria quebrando o sigilo bancário, fiscal, telefônico de todos aqueles que tiveram qualquer tipo de contato com o Cachoeira, mas quem vai tomar essa decisão é o relator", disse.
Maia voltou a negar interferência do Palácio do Planalto para blindar as investigações. "Eu pelo menos nunca fui consultado, nem fui recomendado nem pela presidenta nem pelo presidente Lula. Essa questão de que há interferência de A, B ou C para turbinar ou abafar a CPI faz parte da imaginação de alguns."
O deputado disse que fez um apelo aos líderes partidários para que indiquem membros da comissão que estejam dispostos a investigar --e não transformar a comissão "numa disputa meramente política entre oposição e situação". Maia afirmou que a CPI vai "investigar em todas as direções, sem distinções ou privilégios".
Líder do PT na Câmara, o deputado Jilmar Tatto (SP) reiterou que o Planalto, nem o ex-presidente Lula, estão manobrando para evitar que as investigações respinguem no governo. "Eu sei exatamente o que faremos na CPI. O nome que vamos indicar, o plano de trabalho. O governo não vai interferir, vocês é que não acreditam. O governo não está se metendo e os líderes do governo têm que estar preocupados com a defesa do governo, não na CPI."
Tato disse que a oposição vai fazer "marola" na comissão e os governistas vão se reunir com o relator e o presidente para traçar uma estratégia de ação. "O governo não precisa dizer para a gente o que a gente vai fazer. Não é uma CPI contra o governo."
FARPAS
Tatto classificou de "deselegância" os ataques feitos pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) nas articulações políticas. Em discurso na tribuna do Senado ontem, o petista disse que o governo está "errando muito".
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