Secretário promete para 2010 a conclusão de três obras polêmicas

Phelipe Caldas

O secretário estadual de Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Ciência e Tecnologia, Francisco Sarmento, falou na tarde desta terça-feira (1º), em entrevista à Rede Paraíba Sat, sobre três grandes obras que o governador José Maranhão (PMDB) promete inaugurar até o final do seu mandato: o Centro de Convenções, o viaduto que ligaria a Ruy Carneiro para a avenida Beira Rio e a reconstrução da Barragem de Camará. Todas estas são cercadas por diferentes níveis de polêmica.

De acordo com Sarmento, os recursos para todas estas obras estão praticamente garantidos e o objetivo é entregar estes novos equipamentos no segundo semestre de 2010.

O Centro de Convenções de João Pessoa, por exemplo, deve custar um valor total de R$ 106 milhões e em caixa já estariam R$ 10 milhões. O resto do dinheiro sairia de R$ 36 milhões que devem ser liberados pelo Ministério do Turismo no ano que vem e mais uma emenda federal que deve contemplar esta obra no Orçamento da União.

“Teremos uma reunião com as construtoras responsáveis pela obra para conseguirmos uma compressão do conograma, para que ele diminua de 18 meses para 15 meses e assim entreguemos a obra ainda em 2010. Se não completamente pronta, ao menos uma boa parte dela”, destacou.

Maranhão vem "vendendo" o Centro de Convenções como sendo uma obra sua, o que vem irritando o grupo político do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), que diz ser o verdadeiro autor do projeto.

Sobre o viaduto que o governador pretende construir entre as avenidas Beira Rio e Ruy Carneiro, o secretário destacou que se necessário Maranhão promete entrar na justiça contra a Prefeitura de João Pessoa, que ameaça não liberar o alvará para a obra.

“O prefeito Ricardo Coutinho (PSB) só vetaria a obra se tivesse motivações políticas, porque numa análise meramente técnica não tem como alguém ser contra”, avalia o auxiliar. “Até porque o projeto vai muito além de um viaduto, porque inclui também três giratórias e duas pontes”, completa, classificando a obra como “a interligação das grandes avenidas que ligam o Centro da praia de João Pessoa”.

Por fim, ele promete a conclusão em apenas nove meses da reconstrução da Barragem de Camará, a um custo de R$ 40 milhões. “São obras para trazer o bem estar ao povo da Paraíba”, opinou.

Apesar disto, a reconstrução de Camará está longe de ser uma obra consensual. Construída no Governo Maranhão e rompida no Governo Cássio, a tragédia matou cinco pessoas, deixou três mil desabrigados e destruiu 200 casas. Muito por isto, a população de Alagoa Nova e Munlugu (as principais cidades afetadas) é hegemonicamente contrária a obra.