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POLÍTICA

STF julga Lei da Ficha Limpa

Supremo Tribunal Federal (STF) deve rever hoje alguns pontos da Lei da Ficha Limpa e definir a aplicação nas eleições do próximo ano

Publicado em 09/11/2011 às 8:00 | Atualizado em 15/02/2023 às 14:56

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve rever hoje alguns pontos da Lei da Ficha Limpa e definir a aplicação nas eleições do próximo ano. Os ministros vão julgar duas ações que pedem a constitucionalidade da lei, propostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo PPS, e uma que pede a inconstitucionalidade de parte da lei, do CNPL (Conselho Nacional de Profissionais Liberais).

Aprovada pelo Congresso em 2010 e usada para barrar alguns candidatos na eleição passada, a lei teve sua aplicação suspensa porque o STF entendeu que ela não poderia retroagir para atingir os candidatos daquele pleito.

Em sua ação, a OAB pediu que o STF se manifeste sobre a constitucionalidade de toda a lei e decida se ela será aplicável às eleições de 2012. Já o CNPL pediu a inconstitucionalidade do item que torna inelegível quem teve registro profissional cassado por infração "ética profissional".

O relator do caso, ministro Luiz Fux, adiantou aos colegas que fará um voto minucioso, analisando cada artigo da lei. Ele adiantou que alguns de seus aspectos devem ser revistos, no que deve ser seguido por vários ministros. Dois dispositivos podem cair: o que permite a entidades de classes vetarem candidaturas e o que torna inelegível quem renuncia para escapar da uma cassação.

Alguns ministros do STF avaliam que a renúncia era uma opção a que políticos recorriam antes de a lei ser aprovada, e que, se houvesse essa vedação, muitos que optaram por renunciar prefeririam enfrentar os processos.

Na opinião dos ministros, a maior parte da lei será declarada constitucional, mas deverá haver polêmicas, com risco de novo empate, em alguns pontos mais polêmicos. Um deles é o de tornar alguém inelegível por ter sido condenado em órgão colegiado, mesmo se ainda puder recorrer. Alguns ministros alegam que, se o político conseguir reverter a decisão, terá sido punido injustamente.

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Jornal da Paraíba

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