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POLÍTICA

Walter Brito Neto diz que decisão do STF foi equivocada

Supremo Tribunal Federal decidiu manter o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral sobre  questão da infidelidade partidária, com isto Walter Brito deve perder o mandato.

Publicado em 13/11/2008 às 10:40

Da Redação
Com informações do Bom Dia Brasil


O deputado paraibano Walter Brito Neto (PRB) declarou ao Bom Dia Brasil, nesta quinta-feira (13), que decisão do Supremo Tribunal Federal de manter o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral sobre questão da infidelidade partidária foi equivocada. “Eu acho um equívoco achar que o mandato pertence ao partido,” disse Walter Brito. Com esta decisão, o deputado paraibano deve perder o mandato.

Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, não há mais o que discutir, o presidente da Câmara tem que devolver o mandato ao Democratas (DEM) e convocar o suplente do deputado Walter Brito Neto. A decisão do STF foi votada ontem.

Para o vice-presidente do Democratas, o deputado paraibano Efraim Filho, “Não há motivo para esperar. A decisão foi tomada em última instância pelos principais tribunais do país, e o que nós queremos é que a Câmara dos Deputados cumpra essa decisão e não crie um conflito institucional entre os poderes”, disse ao Bom Dia Brasil.

O Democratas já perdeu sete deputados por troca de partidos. Walter Brito seria o primeiro deputado a perder o mandato por infidelidade partidária. Outros 20 deputados trocaram de partido depois que o TSE decidiu acabar com a infidelidade. Mas o tribunal vai analisar caso a caso. Alguns já foram inocentados pelo TSE, outros ainda serão julgados.

A decisão do perda do mandato de Walter Brito agora aguarda o pronunciamento do Congresso Nacional.

Entenda o caso

Em 27 de março, o plenário do TSE julgou procedente o pedido de decretação de perda do mandato do deputado federal, formulado pelo diretório nacional do Democratas (DEM), por infidelidade partidária. O DEM pediu o cargo na Câmara Federal com base na Resolução do TSE 22.610/2007, que fixou o entendimento de que o mandato pertence ao partido. O parlamentar deixou o DEM, partido pelo qual foi diplomado, e se filiou ao Partido Republicano Brasileiro (PRB).

O deputado apresentou recursos contra a decisão no próprio TSE, e após negativas do Tribunal, pediu então que a Corte enviasse o processo para o STF.

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Jornal da Paraíba

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