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VAMOS TRABALHAR

Obras públicas e 'boom' imobiliário impulsionam carreiras na construção civil

Setor é um dos que mais crescem no Estado.

Publicado em 27/06/2010 às 8:00

Karoline Zilah

Constando nos levantamentos feitos pelo Sine Estadual e pela Catho Online como um dos setores profissionais de nível superior que mais oferece oportunidades de trabalho na Paraíba, a Engenharia se tornou uma das ‘estrelas’ do mercado local na atualidade especialmente pelo segmento da construção civil.

O ritmo de crescimento foi constatado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O órgão apontou que de janeiro a abril deste ano o setor teve o maior saldo de empregos com carteira assinada desde 1999. De acordo com o Caged, a construção lidera o emprego em João Pessoa. Foram 1.830 postos de trabalho criados na cidade neste período. O levantamento inclui desde engenheiros e tecnólogos até pedreiros e pintores.

O motivo? “A construção civil é uma das áreas que respondem mais rapidamente à aceleração da atividade econômica”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans. Este crescimento seria fruto de ações governamentais, como a redução de impostos sobre materiais e dos juros, aumento do prazo dos financiamentos imobiliários e os projetos de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De olho no futuro, as perspectivas também são boas. A Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), por exemplo, estima mais um impulso positivo com os investimentos públicos decorrentes da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas.

Emprego garantido

Em João Pessoa, a engenheira Leilane Aguiar vive esta realidade. Formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) há apenas um ano, ela atua no mercado há mais tempo, pois um ano e meio antes de se formar já estagiava em uma construtora de grande porte. A afinidade com os estudos na área de Exatas e a tradição de família a fizeram optar pelo curso; escolha certa para quem quer ter uma carreira promissora, segundo apontam as pesquisas.

Com a falta de mão de obra especializada, as empreendedoras se antecipam e passam a procurar universitários, oferecendo-lhes estágios. No caso de Leilane, o contrato não ficou apenas no vínculo estudantil. Assim que se formou, enquanto aguardava os trâmites para se registrar no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), ela foi contratada como assistente de engenharia, e em seguida assumiu o posto de engenheira de obras, trabalhando com edificações de prédios residenciais. Atualmente, ela está no projeto do que será o prédio mais alto do Estado.

Renda

Ela considera a renda inicial satisfatória. O piso salarial é de 8,5 salários mínimos, aproximadamente R$ 4 mil, para 40 horas de trabalho semanais, de segunda a sexta-feira, com folgas aos sábados, domingos e feriados. As perspectivas de crescimento também são boas, uma vez que o engenheiro pode escalar para as funções de gerente de obras e gerente de projetos, alcançando a cifra de R$ 10 mil, além de explorar o lado empreendedor e fundar sua própria empresa.

“É um mercado em plena expansão na Paraíba. Da mesma forma como eu já saí empregada, todo mundo que se formou comigo está trabalhando. Tenho certeza de que a facilitação da construção e compra de casas e apartamentos por meio dos financiamentos bancários provocou uma aceleração neste setor. Os investimentos governamentais com a criação de conjuntos habitacionais, casas populares... o aumento da quantidade de obras se reflete na demanda e acaba gerando mais empregos”, explica Leilane.

Profissionais em falta

Lidando diretamente com o campo de obras, ela percebe que ainda falta profissionais especializados em João Pessoa. A maior dificuldade, segundo a engenheira, é encontrar carpinteiros e armadores (que armam as estruturas de ferro) para trabalhar nos empreendimentos.

Mulher x trabalho pesado

E como é ser uma mulher enfrentando diariamente esta selva de tijolos e concreto? Segundo Leilane Aguiar, em sua turma na universidade 70% dos alunos eram homens e apenas 30% eram mulheres. Embora os homens ainda dominem este mercado, ela diz nunca ter vivenciado uma situação de preconceito em sua profissão. Na Engenharia, as mulheres não são tratadas como sexo frágil. “Comigo, até então, nunca ocorreu uma diferenciação negativa dentro da obra e do escritório. Apenas aspectos positivos, por ser mais organizada e ter uma linha de trabalho mais centrada”, arremata.

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Jornal da Paraíba

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