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VAMOS TRABALHAR

Pesquisa revela que um terço dos brasileiros deixam de tirar férias

Conforme especialistas, no entanto, as férias são um momento necessário para o trabalhador alcançar maior produtividade.

Publicado em 15/11/2015 às 8:00

Muitas vezes, com medo de perderem seus empregos, trabalhadores deixam de tirar férias, vendem parte delas ou protelam ao máximo a retirada - isso quando não é a própria empresa que o faz. De acordo com especialistas, no entanto, as férias são um momento extremamente necessário para o trabalhador, inclusive para que ele possa conseguir alcançar uma maior produtividade no ambiente de trabalho. É preciso se desligar completamente dos serviços e se dedicar a divertida atividade de fazer algo que aparentemente é extremamente inútil, mas que no fim das contas é o que garante a saúde mental e física do trabalhador.

De acordo com pesquisa realizada pela Catho, o site de empregos nacional, mais de 1/3 dos trabalhadores brasileiros, ou seja, um total de 36,9%, não haviam tirado férias nos últimos doze meses (a pesquisa foi realizada em julho último). A pesquisa também mostra que 7,6% dos profissionais tiveram apenas uma semana de descanso. Já 15,2% e 14,3% tiveram, respectivamente, 3 e 2 semanas desfrutadas, enquanto 26% dos trabalhadores tiraram o período completo de repouso.
Segundo a pesquisa, a média nacional seria de 2,4 semanas de férias por ano, tanto para homens como para mulheres.

Em relação ao porte das empresas, os funcionários das maiores companhias recebem mais tempo que a média nacional: 3,1 semanas desfrutadas em doze meses. Já as empresas médias possuem 2,5 semanas enquanto as pequenas e micro possuem média de 1,9 e 1,4 semanas, respectivamente.

“O período de férias deve ser desfrutado por todos os trabalhadores. É benéfico para o profissional e para a empresa, já que a tendência é que o tempo aproveitado devolva um funcionário menos estressado e mais motivado, além da possibilidade de uma viagem melhorar a criatividade do trabalhador”, afirma Fabrício Kuriki, coordenador de Pesquisa Estratégica da Catho.

Para a psicóloga Raphaela Lins, no entanto, é preciso, inclusive, que o indivíduo saiba "tirar férias". Não adianta estar de férias e continuar se preocupando com os problemas do trabalho, checando o e-mail ou recebendo solicitações. É necessário, de fato, se desligar da empresa. Caso contrário, as férias não terão sentido algum, a não ser a de um rótulo. "Acontece muito isso. Claro que nos primeiros dias, no primeiro, no segundo, a pessoa ainda tem um vínculo com o trabalho, porque é difícil parar de repente. Mas é extremamente necessário, até mesmo para a saúde do trabalhador", opina.

Um grande problema, na verdade, da vida moderna, é a dificuldade de parar. "A rotina de trabalho é uma rotina de tanta atividade hoje em dia que as pessoas não estão acostumadas a parar. Mas isso é necessário acontecer não somente nas férias, mas também durante o próprio dia a dia. Você precisa, muitas vezes, fazer algo que aparentemente é inútil mas que na verdade é muito positivo para você enquanto ser humano", pontua a psicóloga. Ir ao cinema, por exemplo, ou fazer uma atividade física, estabelecendo um ritmo de trabalho saudável, é algo que pode fazer inclusive com que a produtividade do trabalhador aumente consideravelmente.

Não é a quantidade de dias de férias o mais importante mas, sim, a intensidade - desde que durante aqueles dias o trabalhador realmente se desligue da empresa em que trabalhe, e aproveite esse tempo para cuidar de si mesmo, é válido. "É o tempo que o ser humano tem para se 'desmecanizar' um pouco. É extremamente necessário", finaliza a psicóloga.

A arquiteta Helena (nome fictício), por exemplo, sente isso na pele no seu ambiente de trabalho: trabalhando em uma loja de móveis da capital, suas férias vêm sendo proteladas pela empresa há mais de quatro meses. A situação, para ela, é estressante. “Como nosso trabalho é extremamente criativo, quando a gente não tem um descanso acaba se sentindo exausto”, pontua.

O que diz a lei
As férias são um direito garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e fazem parte dos direitos que os trabalhadores não podem renunciar. Segundo a legislação trabalhista, após completar um ano de serviço (12 meses) o trabalhador tem direito a 30 dias de descanso remunerados.

A data em que você sairá em férias precisará corresponder ao melhor período de interesse do seu empregador, e seu início não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal.

No entanto, caso o funcionário deseje, por vontade própria, e não do empregador, ele pode converter 1/3 do total de dias de férias a que tem direito (10 dias) em troca do valor em dinheiro correspondente. O que é popularmente conhecido como “vender as férias”. Mais do que isso é ilegal.

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Jornal da Paraíba

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