VIDA URBANA
Médicos do Arlinda Marques suspendem atendimento por dois dias
Cirurgiões pediatras estão com pagamento atrasado e sem contrato com o Estado. Anestesistas do São Vicente de Paulo e Napoleão Laureano já pararam.
Publicado em 19/04/2010 às 17:30
Da Redação
Com assessorias
Os cirurgiões pediatras do hospital infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, farão dois dias de paralisação de suas atividades como forma de protesto. Nesta terça (20) e quarta-feira, os médicos não realizarão as cirurgias eletivas (agendadas previamente), nem as consultas ambulatoriais. Serão feitos apenas os atendimentos de urgência e emergência.
De acordo com o presidente da Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba (Coopecir-PB), Marcus Maia, os 12 cirurgiões pediatras do Arlinda Marques estão sem receber suas remunerações desde fevereiro deste ano.
Além do atraso do pagamento, os médicos estão sem contrato regularizado com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). “No final do ano passado, foi assinado o contrato com a SES, mas até agora não foi publicado no Diário Oficial. Dessa forma, os médicos estão trabalhando sem garantias de seus direitos”, ressaltou Maia.
O hospital Arlinda Marques é referência no Estado no atendimento pediátrico e realização de cirurgias infantis. Por dia, são realizadas em torno de 20 cirurgias de pequeno, médio e grande porte. No ambulatório, são feitos uma média de 150 atendimentos por semana.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde e questionou que medidas seriam tomadas e se uma negociação havia sido iniciada com os cirurgiões. A assessoria do Secretário José Maria de França informou que a Secretaria não tinha conhecimento da paralisação e orientou que adiretora do Arlinda Marques fosse procurada. No entanto, a diretora Darcy Lucena não foi localizada para falar.
Anestesistas
Os médicos anestesistas que prestam serviços nos hospitais São Vicente de Paulo e Napoleão Laureano, em João Pessoa, suspenderam, a partir da segunda-feira, todos os procedimentoseletivos de anestesia agendados nessas unidades por falta de pagamento desde novembro do ano passado.
No entanto, assim como o cirurgiões pediatras, eles também continuarão realizando os procedimentos de urgência e emergência. No último dia 12 deabril, a Coopanest enviou ofício à direção dos dois hospitais, ao Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) e ao Curador de Defesa dos Direitos da Saúde comunicando de sua decisão.
Há cerca de dois anos foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, que garantia os recursos para o pagamento dos médicos, já que os valores pagos peloSUS estavam defasados.
A secretaria estadual de Saúde informou que o repasse para o pagamento aconteceria aconteceria até a última sexta-feira, mas, de acordo com a secretaria municipal, nenhuma verba foi enviada para este fim.
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