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CULTURA

Trailer de série documental sobre a Chacina de Pioz é divulgado

A série documental sobre a Chacina de Pioz, 'No se lo digas a nadie' vai sair pela Atresplayer Premium e foca nas histórias de Patrick Nogueira, condenado pelo crime, e Marvin Henriques, amigo de Patrick que conversou com o assassino durante o crime.

Publicado em 06/10/2022 às 8:39


                                        
                                            Trailer de série documental sobre a Chacina de Pioz é divulgado
Série sobre a Chacina de Pioz, 'No se lo digas a nadie'

A plataforma de TV e streaming espanhola Atresplayer Premium, do conglomerado de mídia Atresmedia Group, divulgou o primeiro trailer da série documental sobre a Chacina de Pioz, como ficou conhecido o assassinato brutal da família de paraibanos que morava na Espanha, em 2016. A série, a primeira da plataforma no gênero “true crime”, que relata crimes reais, vai se chamar “No se lo digas a nadie” (“Não conte a ninguém”, em tradução livre), e deve estrear em 2023, com cinco episódios.

A série vai contar a história de Patrick Nogueira, sobrinho de uma das vítimas, primo das duas crianças mortas na chacina e condenado à prisão perpétua pelo assassinato dos parentes, e a relação dele com Marvin Henriques, amigo de Patrick, que estava na Paraíba e chegou a trocar mensagens com o condenado durante o crime. Marvin foi absolvido da acusação de ser partícipe da chacina.

De acordo com a Atresmedia, ‘No se lo digas a nadie’ é uma produção da Atresmedia TV, desenvolvida na Espanha e no Brasil, e que reúne depoimentos inéditos, incluindo o de Marvin e de amigos dele e de Patrick, conversas reais, arquivos oficiais e materiais divulgados por parentes e amigos das famílias envolvidas.

Ainda segundo a empresa, a série documental vai explorar as contradições éticas que as redes sociais apresentam para os jovens, uma vez que neste crime os investigadores tiveram que lidar com um caso sem precedentes: um crime compartilhado pelo WhatsApp. Além disso, a produção também deve abordar os desafios que a polícia e a Justiça têm diante desta situação.


				
					Trailer de série documental sobre a Chacina de Pioz é divulgado
Marvin (à esquerda) trocou mensagens com Patrick (à direita), enquanto o segundo matava a família paraibana em Pioz, na Espanha. Marvin (à esquerda) trocou mensagens com Patrick (à direita), enquanto o segundo matava a família paraibana em Pioz, na Espanha

Chacina de Pioz

O crime aconteceu no dia 17 de agosto de 2016. O casal paraibano Marcos Nogueira e Janaína Américo e os filhos dele, uma menina de 4 anos e um menino de 1, foram mortos e esquartejados por Patrick Nogueira, sobrinho de Marcos, na casa em que o casal morava em Pioz, na Espanha. 

A família era de João Pessoa e tinha ido morar na Europa por causa de uma oportunidade de emprego que Marcos conseguiu em um restaurante. As mortes só foram descobertas um mês depois, após vizinhos notarem um odor saindo da residência. A família, no Brasil, não desconfiou da morte pois era comum que o casal passasse algum tempo sem dar notícias. 


				
					Trailer de série documental sobre a Chacina de Pioz é divulgado
Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos crianças do casal foram mortos por Patrick em 2016. Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos crianças do casal foram mortos por Patrick em 2016

François Patrick Nogueira Gouveia matou a própria família 

Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de que o crime tivesse acontecido por ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado. François Patrick Nogueira Gouveia, sobrinho de Marcos, foi apontado como único suspeito, após a polícia achar material genético dele no local do crime.

Surpreendentemente, no dia 28 de outubro, a Polícia Civil da Paraíba anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. A prisão preventiva de Marvin Henriques Correia foi pedida pelo Ministério Público, que acreditava que o jovem de 18 anos participou do crime, mesmo à distância. Ele trocou mensagens via WhatsApp com Patrick, enquanto este executava o crime.


				
					Trailer de série documental sobre a Chacina de Pioz é divulgado
Patrick e Marvin trocaram mensagens pelo WhatsApp durante o crime. Patrick e Marvin trocaram mensagens pelo WhatsApp durante o crime.

Condenado à prisão perpétua na Espanha

Em 2018, Patrick foi condenado a três penas de prisão perpétua por ter matado o tio e primos. Patrick também foi condenado a uma quarta pena, de 25 anos de prisão, pelo assassinato da esposa do tio dele, na mesma ocasião. Ao revisar um recurso feito pela defesa dele, o Supremo Tribunal da Espanha manteve a condenação e reuniu as penas em uma só condenação.

Na Espanha, a prisão perpétua acontece por meio da prisão permanente revisável, que é a punição mais grave existente no país. No caso, a pena pode ser revista a cada 25 anos. Além desta decisão, a Justiça também condenou Patrick a pagar uma indenização de 411.915 euros para a família das vítimas e para o proprietário da casa onde o crime aconteceu.


				
					Trailer de série documental sobre a Chacina de Pioz é divulgado

Absolvição de Marvin

Marvin Henriques, que havia sido acusado de ter participado da morte do tio de Patrick, uma vez que teria trocado mensagens e dado dicas ao assassino, foi absolvido de ser cúmplice da chacina em julho de 2021.

A Justiça paraibana entendeu que ele não praticou nenhum crime tipificado no Código Penal Brasileiro, sendo assim impossível de ser condenado.

Na sentença, a juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, do Segundo Tribunal do Júri de João Pessoa argumentou que “não restam dúvidas que os fatos narrados na denúncia, no que diz respeito ao réu Marvin, não constituem uma infração penal. No máximo, poderiam ser considerados como atos preparatórios; contudo, em nosso ordenamento jurídico não há tipicidade em condutas subjetivas”.

Ela ainda ressaltou que “a função do Poder Judiciário é fazer justiça, mas não a qualquer custo. Ao poder discricionário de julgar de um magistrado cabe os limites do nosso ordenamento jurídico”.

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Diogo Almeida

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