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ECONOMIA

Cesta de JP tem 2ª maior alta

Com variação de 16,47% no custo dos insumos básicos, cesta de João Pessoa registrou a segunda maior alta do Nordeste em 2012.

Publicado em 08/01/2013 às 6:00


No acumulado do ano de 2012, João Pessoa registrou a segunda maior alta da cesta básica entre as capitais do país. O custo dos insumos básicos variou em 16,47% em relação ao último mês de 2011. A taxa foi quase o triplo da inflação oficial, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que deverá ficar em torno de 5,68% em 2012, o que aponta perda do poder aquisito da população pessoense.

Os principais vilões no ano passado foram farinha (82,23%), banana (50,77%), arroz (36,28%), feijão (33,97%) e tomate (27,95%), que registram forte alta nos preços. Os números foram calculados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Dos doze produtos pesquisados na capital paraibana, onze apresentaram crescimento em seus preços. Somente em dezembro, o valor da farinha subiu 12,54% e liderou a alta em 2012. O valor da cesta, que serve para o consumo de uma pessoa em um período de 30 dias, custava R$ 237,85 no ano passado. Em dezembro de 2001, o custo dessa mesma cesta era de R$ 204,21.

Segundo Renato Silva, supervisor técnico do Diesse-PB, os fatores climáticos foram o que impulsionaram o aumento dos preços de alguns itens. “Tanto a seca, como o excesso de chuva em algumas regiões provocam a diminuição da oferta e encarece os preços. No Sul do país, por exemplo, as chuvas prejudicaram a produção do tomate”, explicou.

Nas ruas da capital paraibana, os consumidores já sentem a diferença no bolso na hora de comprar os insumos básicos que compõem a cesta básica.

“Tudo aumentou, mas a gente ou compra ou fica com fome, não tem escolha. Quando faço a feira fico sem um tostão. Agora, acabou este negócio de ir à praia ou passear”, disse a dona de casa Veria Lúcia Mendonça, que tem um salário mínimo como renda mensal de sua casa.

SALÁRIO DE R$ 2.561
Segundo o Dieese, com base no custo da cesta de São Paulo e a Constituição, que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo deveria ser R$ 2.561,47 no Brasil - 4,12 vezes o valor do mínimo em vigor em 2012 (R$ 622,00).

Desde 1º de janeiro, o salário mínimo passou a valer R$ 678, cerca de 9% maior que o valor anterior e uma variação real de 2,73% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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Jornal da Paraíba

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