Opinião: Lígia e a candidatura que ninguém, além de Damião, acredita

O deputado federal Damião Feliciano deixou para trocar de partido nas últimas horas. Deixou o PDT e foi para o União Brasil, sigla formada da fusão do DEM com o PSL. Sobrevivência política pura, escancarada, mais ainda porque o movimento foi "ideologicamente" radical.

De uma chamada centro-esquerda, ele foi parar ao lado de dois antilulistas, de direita, os deputados federais Efraim Filho e Julian Lemos.

Damião afirmou que a esposa, a vice-governadora Lígia Feliciano, apesar do movimento dele, mantém a pré-candidatura dela ao governo, pelo PDT.

Lígia é vice-presidente nacional do PDT e tem mantido agenda discreta de movimentação política e até mesmo partidária. No processo de janela partidária, não agregou nenhuma liderança ao partido e ainda perdeu Damião para o União Brasil e até a prefeita de Bayeux, Luciene Gomes, para o PSD.

Entre cafés da manhã e corridas matinais, no entanto, Lígia insiste no seu "projeto político futuro". Uma candidatura que só Damião e ela acreditam que vai vingar. É o 'manjado' jogo de cena.