"Vamos trabalhar firmemente para ter um Natal sem máscara", diz Queiroga na Paraíba

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a causar polêmica, em passagem na Paraíba, nesta quarta-feira (10), ao antecipar a possibilidade de retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras até o fim do ano. "Estamos indo muito bem e vamos trabalhar firmemente para ter um Natal sem máscara e depois vamos desmascarar os mascarados que sempre prejudicaram o país", declarou, em coletiva de lançamento da Campanha de Atenção Primária à Saúde.

Queiroga se protegeu em dados do avanço da campanha de vacinação que, segundo ele, já alcançou 70% de cobertura de aplicação da segunda dose em brasileiros acima de 12 anos.

O ministro também falou em "destruir todas as narrativas", replicando um discurso recorrente do presidente Jair Bolsonaro. "Temos mais de 344 milhões de doses de vacina. Já estamos aplicando mais de 8 milhões da terceira dose. As pessoas devem buscar as vacinas livremente. Eu como ministro da Saúde não vou puxar a orelha do indivíduo para levar ele para sala de vacinação. a população brasileira é esclarecida", comentou.

Não recomendado

O relaxamento dessas medidas de proteção para evitar contaminação contra Covid-19 tem sido questionado por especialistas, enquanto não houver critérios claros sobre quais indicadores poderiam atestar a segurança da retirada de sua obrigatoriedade.

Ao Conversa Política, o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, reiterou que não há previsão para flexibilização do uso de máscaras na Paraíba. "As máscaras são elementos importantíssimos para que, cada vez mais, nós possamos diminuir os casos novos diários e de óbitos, e evoluirmos de uma pandemia para uma endemia, ou seja, nós termos anualmente poucos casos e óbitos decorrentes da Copvid-19 como ocorre com outras doenças infectocontagiosas", comentou.