Braiscompany: retirada do letreiro marca fim de império investigado por fraude de R$ 2 bilhões

Os grandes impérios entraram para a história da humanidade também pela forma como se apresentavam ao mundo. Os egípcios construíram grandes pirâmides. Os incas deixaram monumentos na América Pré-colombiana. Os romanos construíram o Coliseu e outras tantas 'obras de arte' da arquitetura que ainda hoje encantam o mundo moderno.

A ideia, no fim das contas, era demonstrar grandeza.

Hoje, em uma sociedade marcada muitas vezes por aparências, esse mesmo paradigma costuma ser reproduzido. No universo dos grandes investimentos em criptomoedas, é regra. É preciso parecer grande para estimular a ganância de quem acaba sendo iludido pelo sonho de grandes lucros.

No caso da Braiscompany esse mandamento era visivelmente colocado em prática.

A empresa costumava patrocinar grandes festas, jogos com celebridades do futebol e mantinha, também, sedes luxuosas. Em Campina Grande o empreendimento funcionava às margens do Açude Velho. Funcionava...

Hoje, no mesmo dia de mais uma fase da investigação desencadeada pela Polícia Federal, que cumpriu um mandado de busca em São Paulo, o letreiro da empresa foi retirado do local.

A medida simboliza o fim de um império investigado por uma fraude de R$ 2 bilhões, onde os 'imperadores' continuam foragidos da Justiça desde fevereiro.

Segundo a PF, a ação de hoje mira a prática de lavagem de dinheiro e de crime contra o sistema financeiro por parte de colaboradores da empresa. Um mandado de busca foi cumprido em São Paulo.

Como aconteceu com outros tantos ao longo da história, o império Braiscompany desabou.

A investigação na Braiscompany

A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos.

Na operação a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo.