CONVERSA POLÍTICA
Padre Egídio é preso e passa por audiência de custódia nesta sexta
A prisão do Padre Egídio foi determinada pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), nesta sexta-feira (17).
Publicado em 17/11/2023 às 12:20 | Atualizado em 17/11/2023 às 16:38
O padre Egídio de Carvalho foi preso, na segunda fase da Operação Indignus, deflagrada pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba, nesta sexta-feira (17). Após passar por exame de corpo delito no IML, o ex-diretor do Hospital Padré Zé foi conduzido para a Central de Polícia.
Em seguida Padre Egídio foi levado pela polícia para passar por uma audiência de custódia, na Vara de Violência Doméstica. A Vara foi designada pela Justiça por o Judiciário já estar em regime de plantão.
A prisão foi determinada pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Além de Egídio de Carvalho, também foram decretadas a prisão de duas ex-funcionárias do Hospital Padre Zé: a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas, e a ex-tesoureira, Amanda Duarte.
O trio é suspeito de envolvimento em esquema de desvio de recursos da unidade filantrópica. As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
De acordo com o MPPB, as investigações, que desencadearam esta operação, revelam um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões, de 2013 a setembro deste ano.
O desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, atendeu pedido da defesa e converteu a decretação da prisão preventiva em domiciliar de Amanda Duarte Silva Dantas.
Rombo
O Conversa Política apurou que, nos últimos cinco anos, a entidade filantrópica recebeu mais de R$ 290 milhões de convênios firmados com o governo federal, estadual e o município de João Pessoa.
O atual diretor da unidade, Padre George, em entrevista recente, afirmou que a antiga direção fez um empréstimo de R$ 13 milhões em dois bancos, mas ninguém sabe onde o dinheiro foi usado. Por causa da operação financeira, R$ 250 mil são debitados todo mês na conta do hospital.
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