PLENO PODER
Ex-segurança dá pistas sobre paradeiro do casal Braiscompany
Donos da Braiscompany estão foragidos desde fevereiro
Publicado em 16/05/2023 às 7:52
Semanas atrás escrevi aqui sobre os possíveis paradeiros do casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, proprietários da empresa Braiscompany e foragidos da Justiça desde fevereiro, quando foi deflagrada a operação Halving, da Polícia Federal.
Na época investigadores relataram ao Blog que, provavelmente, os dois teriam deixado o Brasil por uma fronteira física - e não por aeroportos.
A tese é reforçada hoje por um ex-segurança pessoal de Antônio Neto, Ismael Lira. Ele foi por muito tempo um 'homem de confiança' do empresário e fez parte do núcleo mais próximo da família.
"Pelos aeroportos ele em nenhum saiu. Ele chegou a ser cobrado por R$ 30 milhões para tirar ele do Brasil para Dubai, com documentos falsos. Mas ele disse que não queria não. Ele está na América do Sul. Na América do Sul ele está", contou Lira, em entrevista à Arapuan FM.
O ex-segurança revelou que presenciou negócios suspeitos da empresa e chegou a ir no Paraguai, juntamente com Antônio Neto, comprar mercadorias para ingressar irregularmente no Brasil.
Computadores, celulares, roupas de marca e outros produtos de luxo teriam sido adquiridos no país vizinho e trazidos para Campina Grande.
Com acesso livre às casas do casal e aos corredores da empresa, Ismael Lira diz que se deparou com muitos políticos influentes da Paraíba que investiram dinheiro em espécie na empresa.
"Desses aí ninguém vai atrás do dinheiro não", comentou, acrescentando que também investiu na empresa e acabou sendo vítima do golpe.
Ismael já prestou depoimento à Polícia Federal e tem colaborado com as investigações.
A investigação na Braiscompany
A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 1,5 bilhão feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos.
Na operação a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo.
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